A violência na escola: diagnose e intervenção

Ana Lis R. dos Santos, Gustavo C. Ruffo, Karla Christina P. Batista, Junior Arthur C. de Oliveira, Amanda de S. M. Andrade, Maria Eleusa Montenegro

Resumo


Este trabalho teve como objeto o enfrentamento à violência em uma instituição de Educação Básica, na Região Administrativa de Brasília-DF, e procurou intervir no fenômeno da violência em suas várias dimensões, a saber, pedagógica, simbólica, física e material, praticada e sofrida por alunos, professores e corpo técnico. O objetivo foi aplicar medidas no combate à violência na escola, durante um ano escolar e verificar a eficiência dessas medidas. Para análise e discussão dos dados, foram utilizados os pressupostos das abordagens qualitativas e quantitativas, tendo sido adotada prioritariamente a epistemologia qualitativa proposta por González Rey, que a conceitua como sendo aquela que “defende o caráter construtivo interpretativo do conhecimento, o que de fato implica compreender o conhecimento como produção e não como apropriação linear de uma realidade que se nos apresenta”. O instrumento utilizado para pré-teste e pós-teste foi um questionário semiestruturado aplicado a alunos. O período escolar, tanto da coleta de dados quanto do processo de intervenção foi o turno vespertino, por ser o de maior disponibilidade para os alunos bolsistas, que possuía 400 (quatrocentos alunos), os quais foram atingidos pelo processo de intervenção, tanto no recebimento e discussão dos 8 (oito) folhetos de Campanha para a Paz, quanto na participação das 5 (cinco) atividades planejadas (concurso de música e de dança, oficina de teatro, comemoração do dia da Consciência Negra e rodas de conversa sobre o Combate à Violência). Os resultados demonstraram que o trabalho desenvolvido teve repercussões positivas na escola, devendo, inclusive, continuar, que é o que está ocorrendo. Dos 25 alunos que responderam ao pós-teste, houve a participação em 23 das atividades; 16 receberam os folhetos e 12 os consideraram importantes; todos os alunos que participaram das rodas de conversa, consideraram que elas são importantes. 11 alunos disseram que o projeto contribuiu para a paz na escola, demonstrando que o trabalho teve influência no sentido subjetivo do aluno, demonstrando a interferência da subjetividade social e individual na produção de sentido subjetivo. Espera-se que o conhecimento resultante do trabalho seja passível de aplicação a outras instituições de ensino de Brasília


Palavras-chave


Violência na Escola. Enfrentamento à Violência; Campanha pela Paz.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n1.2018.6317

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