A influência dos investimentos em responsabilidade social sobre a imagem e a capacidade competitiva das organizações - doi: 10.5102/un.gti.v1i2.1465

Resumo

No século XX, o acesso à informação e o surgimento de novas tecnologias permitiram às empresas alcançarem maior produtividade, mas as transformações socioeconômicas fizeram aumentar a concorrência entre elas. Paralelamente, o enfraquecimento do Estado e o agravamento dos problemas sociais evidenciaram a importância das estratégias de desenvolvimento. Nesse contexto, percebeu-se que a exploração desordenada dos recursos naturais estabeleceu a obrigação de preservar as condições de vida na terra. Percebeu-se, então, a necessidade das organizações atuarem dentro de princípios morais e agirem respeitando o direito, os valores e os interesses daqueles que serão influenciados por suas ações ou atividades produtivas. Emergia um paradigma da nova ordem social, no qual se priorizam atividades de interesses coletivistas para amenizar as mazelas sociais. Trata-se do surgimento da consciência social por parte das organizações, quando se percebe que a disparidade é prejudicial ao desenvolvimento econômico. O resultado foi uma adaptação da lógica racional do sistema produtivo, inserindo nele a racionalidade social, cujo objetivo era minimizar os efeitos indesejáveis da globalização e os riscos sistêmicos. Gradativamente, as organizações assumem a condição de agentes de desenvolvimento, sem descaracterizar o papel do Estado e da sociedade. Os modelos de gestão de conduta responsável, voltados para o atendimento das demandas da sociedade, e a conciliação deles com a estratégia do negócio surgem como formas inovadoras de alcançar melhoria da imagem, de aumentar o market share das organizações e apresentam-se como procedimentos viáveis para gestão de negócios lucrativos, de impactos positivos e benéficos para todos os agentes envolvidos.

Palavras-chave: Responsabilidade social. Desenvolvimento. Competitividade. Ética. Estratégia. Melhoria da imagem. Impactos positivos.